Após um ano da pandemia do Coronavírus, o Brasil se aproxima dos 500 mil mortos. Dezenas de estados vivem um colapso na saúde, faltam leitos, respiradores e profissionais suficientes para dar conta da demanda. O resultado é que a cada dia milhares de pessoas são contaminadas e o número médio de mortes diárias por Covid-19 já ultrapassa 3 mil. Para se ter uma ideia da dimensão da tragédia, a Guerra imperialista dos EUA contra o Afeganistão matou 149 mil em 14 anos e na guerra da Síria morreram 380 mil pessoas em 10 anos de guerra.
Apesar desse genocídio contra o povo brasileiro, Bolsonaro se comporta como parceiro da morte e tudo faz para propagar o vírus. Além de divulgar notícias falsas, ignorar os protocolos sanitários, promover medicamentos inúteis para combater a pandemia e zombar das vítimas do Coronavírus, Bolsonaro preferiu gastar a incrível bagatela de R$ 2,5 milhões do dinheiro público com férias em vez de comprar vacinas para salvar o povo. De fato, o número de pessoas vacinadas no Brasil é extremamente reduzido, somente 15% da população recebeu a primeira dose e apenas 7% recebeu a segunda. Não é atoa que Bolsonaro é considerado internacionalmente como o pior presidente do mundo. Como ele mesmo falou, sua especialidade é matar.
Não bastasse, o desemprego atinge 14,4% da população, totalizando 14,4 milhões de pessoas, a pior taxa desde 2012. Não bastasse, a inflação aumenta de forma galopante, provocando a maior carestia do século no país, o crescimento do preço dos alimentos e do valor dos combustíveis aprofunda a crise econômica e joga a classe trabalhadora na miséria. Mesmo diante desse caos social, Bolsonaro decidiu reduzir o auxílio emergencial de R$ 600,00 para R$150,00 e tenta disfarçar os seus crimes colocando a responsabilidade por essa tragédia social sobre os governadores e prefeitos. Enquanto isso, seu filho Flávio Bolsonaro, denunciado no esquema das rachadinhas, comprou uma mansão por R$6 milhões.
Em boa parte do mundo, os governos de diversos países caminham em outro sentido, praticando o isolamento social, garantido condições razoáveis das pessoas ficarem em casa e vacinando massivamente a população. Por tudo isso, já não podemos considerar os mortos por Covid apenas como vítimas da Pandemia, mas responsabilidade direta de Bolsonaro e das classes dominantes, cúmplices da eleição de Bolsonaro e de sua política antipopular. No entanto, para se manter no poder, o Genocida alimenta uma política de guerra e inflama sua base social com declarações autoritárias por uma nova Ditadura Militar. Dessa forma, busca esconder o desastre do seu governo por trás de um falso discurso antissistema, mas, na verdade, adota uma política econômica neoliberal combinada com uma agenda de privatizações, retirada de direitos, entrega dos recursos naturais e numerosos escândalos de corrupção. Dito de outro modo, Bolsonaro governa para os banqueiros e os mais ricos do país jogando o povo na pobreza e abandono. Prova disso é que o lucro dos bancos em 2020 foi de R$61,6 bilhões. Já o número de bilionários aumentou para 65 pessoas, que juntas possuem uma riqueza equivalente a R$1,2 trilhão, enquanto metade da população brasileira vive com menos de um salário mínimo.
Por isso, chega! É preciso derrubar o governo fascista de Bolsonaro-Mourão imediatamente! Não podemos esperar pela eleição de 2022. Na velocidade que o Brasil vem sendo destruído a tarefa é lutar para derrotar o governo a partir de agora e não deslocar a luta para as eleições em 2022. A salvação para a mortandade do povo brasileiro diante da pandemia do Coronavírus, a saída para a calamidade social do desemprego e da carestia, bem como a chance de obtermos a vacinação em massa exige o impeachment já e a derrota deste governo. Como prova a história, nenhum governo cai sozinho, a luta anticapitalista se faz nas ruas, só o povo organizado derruba governos e transforma a realidade política e social.
Pelo direito de viver, por vacinação em massa, por auxílio emergencial de um salário mínimo durante a pandemia, pela restituição dos direitos, pelo fim das privatizações, pelo fim da corrupção, pelo congelamento dos preços dos alimentos, água, gás e energia, por aumento geral dos salários e pelo fim da violência institucional promovida pelo estado contra o povo negro e pobre, convocamos a classe trabalhadora do Brasil a derrubar o governo Bolsonaro-Mourão e exigir o impeachment já.
Vamos juntos e juntas ocupar as ruas no dia 29 de maio. Chega de genocídio e miséria! Só com um governo representante dos interesses do povo trabalhador brasileiro podemos sair do caos e voltar a ter o direito de ser feliz!
Fora Bolsonaro! Fora Mourão! Impeachment já! Por um governo popular!
Assinam: UP, PCB, PCLCP, Centros Socialistas, Ação Antifascista, Democracia Corinthiana, CST, MES, UCB, Arma da Crítica, Deputado Glauber Braga, Deputada Fernanda Melchiona, Deputada Samia Bonfim, Deputada Vivi Reis, Deputada Natália Bonavides
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